corpo-olhar

(encorpolhar)

teus seios parecem dois olhos

que me chamam

cheios de desejos que foram reprimidos

quero fazer do teu corpo

um mar

onde vou navegar 

de ponta-a-ponta

quero descobrir teus segredos mais obscuros

deslizar minhas mãos 

entre suas rotas e fronteiras

aqui, nesse meu ponto de refúgio

te espero, menina

quero te ver chegando ao meu cais.

Para Breno.

Tem horas que você precisa de alguém que lhe tire do chão

Ofereça suas mãos

E te lembre a força que tem

Seja para ouvir suas mágoas,

ou que te dê um abraço para ameniza-las

Admiro pessoas fortes como você, 

pois não me considero uma

Acredito que meu papel seja pra carregar um pouco da sua experiência pra  mim

E fazer dela poesia.

Devaneios

Acredito que eu tenho uma certa vocação para a dor

Talvez isso seja um dom 

Que para ser mostrado

Precise da angústia como combustível 

Quando algo me incomoda 

Corro pra buscar um papel e uma caneta

E só depois que escrevo me vem o alívio 

Consigo respirar lentamente

Meu coração é aflito!